Por Galicia Confidencial | Lisboa | 04/11/2019 | Actualizada ás 08:10
O escritor Samuel F. Pimenta, unha das promesas poéticas de Portugal, acaba de facer unha dura crítica ao Estado español, sobre todo, por someter, ao seu xuízo, á lingua e a cultura de Galicia durante anos. E foi durante o seu discurso tras resultar gañador da 31.ª edición do Premio Literario Cidade de Almada co libro Ascenção da Água .
Promovido polo Concello de Almada desde 1989, o galardón, cun valor pecuniário de cinco mil euros, é considerado unha referencia nacional na área da literatura e na promoción da creación literaria en lingua portuguesa, xa tendo agraciado autores como Domingos Lobo, José Mário Silva, Carla Pais e José Jorge Letria.
Durante a súa intervención, Samuel F. Pimenta dedicou o premio “à Galiza, por tudo o que tem vindo a aprender com os seus poetas e as suas tradições”. “Não só pelo amor e gratidão que tenho à Galiza, mas também por uma questão de justiça, hoje, presto aqui publicamente o meu tributo ao país que tem vindo a ver a sua Língua, o seu povo e a sua ancestralidade profanados pelo Estado Espanhol, que insiste em perseguir e violentar as comunidades que nunca se alinharam com uma Espanha unificada sob o pulso firme de um rei ou de um ditador”, afirmou.
"CRIMES AMBIENTAIS"
Tamén denunciou “os crimes ambientais” que todos os anos fustigam o Alviela, o río que motivou o seu poemario. “Vivemos um tempo em que a água é central no nosso pensamento. Ou deveria sê-lo. As florestas ardem. Os nossos rios estão secos. A Mãe-Terra é ferida diariamente. E apesar das promessas de soluções, falta acção”, referiu o autor.
Suliñou, ademais que, apesar da importancia dos prémios literarios, os poetas non podem depender deles para ter voz e lugar no espaço público. “A existência de prémios como este permitem que nós, poetas, possamos vir, de vez em quando, à tona da água para respirar, e assim sentir algum alívio face à maré destrutiva da lógica mercantil, elitista e endogâmica que paira na Literatura em Portugal, em particular em Lisboa, que nos afoga”, dixo.
Samuel F. Pimenta é poeta e escritor, con seis libros publicados. Comezou a escribir con 10 anos e licenciouse en Ciências da Comunicação pola Universidade Nova de Lisboa. A súa obra está presente en diversas antoloxías. Tamén recibiu o Prémio Jovens Criadores 2012 (Portugal), a Comenda Luís Vaz de Camões 2014 (Brasil) e o Prémio Liberdade de Expressão 2014 (Brasil), entre outros.
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