Autonomismo e efeito "La Voz de Galicia"

Mais umha vez o principal jornal da burguesia galego-espanhola, editado no noso país, projeta ao BNG, na figura da sua portavoz.

Por Carlos Morais | Compostela | 16/07/2018

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Nom é de estranhar que a imprensa reacionária espanholista divulgue as posiçons de Ana Pontón. 
 
Respostas politicamente corretas e anodinas, dumha entrevista amável, na que se constata a involuiçom regionalista do BNG.
 
Demandas de maiores competências autonómicas, pois na etapa de Feijó "nom se transferiu nem umha só competência. Se em algo coincidimos os galegos é que o centralismo é letal para este país".
 
Reivindicaçom da etapa fraguista versus Feijó: "Eu podo estar em desacordo com as medidas de Fraga, que foi mal governante, mas ai está o Caminho, por exemplo". 
 
A viragem "soberanista e de esquerda" do autonomismo foi puro marqueting, um desesperado mecanismo de propaganda, empregado de forma oportunista para lavar a cara, numha etapa de máximo desprestígio, após o seu passo polo governo da Junta e a posterior crise interna.
Mas o BNG segue sendo umha força socialdemocrata e regionalista, que ocasionalmente saca de passeio o pendom "soberanista" no dia da patroa, neste caso no Dia da Pátria. 
 
Puro folclorismo funcional para a casta burocrática bem remunerada que vive deste negócio.
Ana Ponton manifesta mais umha vez a sua alergia à alternativa independentista e socialista para satisfaçom de Santiago Rey Fernandez-Latorre e os poderes oligárquicos que representa.

Feijóo e o editor de La Voz Santiago Rey
Feijóo e o editor de La Voz Santiago Rey | Fonte: GC
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Carlos Morais Carlos Morais nasceu em Mugueimes, Moinhos, na Baixa Límia, a 12 de maio de 1966. Licenciado e com estudos de doutoramento em Arte, Geografia e História pola Universidade de Compostela, tem publicado diversos trabalhos e ensaios de história, entre os quais destacamos A luita dos pisos, Ediciós do Castro, 1996; Crónica de Fonseca, Laiovento, 1996, assim como dúzias de artigos no Abrente, A Peneira, A Nosa Terra, Voz Própria, Política Operária, Insurreiçom, Tintimám, e em publicaçons digitais como Diário Liberdade, Galicia Confidencial, Sermos Galiza, Praza Pública, Odiário.info, Resistir.info, La Haine, Rebelion, Kaosenlared, Boltxe ou a Rosa Blindada, da que fai parte do Conselho assesor. Também tem publicado ensaios políticos em diversos livros coletivos: Para umha Galiza independente, Abrente Editora 2000; De Cabul a Bagdad. A guerra infinita, Dinossauro, 2003; 10 anos de imprensa comunista galega, Abrente Editora 2005; A Galiza do século XXI. Ensaios para a Revoluçom Galega, Abrente Editora 2007; Galiza em tinta vermelha, Abrente Editora 2008; Disparos vermelhos, Abrente Editora 2012. Foi secretário-geral de Primeira Linha entre dezembro de 1998 e novembro de 2014. É membro do Comité Executivo da Presidência Coletiva do Movimento Continental Bolivariano (MCB). Fundador de NÓS-Unidade Popular em junho de 2001, formou parte da sua direçom até a dissoluçom em maio de 2015. Na atualidade, fai parte da Direçom Nacional de Agora Galiza e do Comité Central de Primeira Linha.