Artigos de Joam Evans Pim

Quem toca o concelho

Toda paróquia precisa de quem repique os sinos. Convocar a vizinhança quando há morta ou morto, quando há festa, quando há lume, quando há roga ou ajuda, quando há concelho, exige disciplina, atenção e sensibilidade.

Okupar o Untamiento

A proposta de Ordenação de Paróquias que o Partido da Terra assumiu como própria durante a sua assembleia geral de 21 de dezembro estabelece uma nova estratégia política, coerente com o modelo de “mancomunidade” do PT e imaginada para o âmbito municipal. Embora seja nas comunidades locais onde de forma mais clara se evidencia o caldo de cultivo para a democracia direta assemblear, o modelo proposto polo PT mesmo poderia ser extensível a âmbitos superiores (no nosso caso, as comarcas e a comunidade nacional) através dos mecanismos do confederalismo democrático, assumindo sempre a soberania comunitária.

Manual de bricolagem para uma Galiza sem petróleo

Para o Partido da Terra, e muito especialmente para aquelas de nós que partilhamos militância também em Véspera de Nada, é uma imensa satisfação que o projeto de “Guia para o descenso energético” em breve se torne realidade com o apoio de mais de um cento de mecenas (tu também podes colaborar até 27 de outubro desde esta ligação: http://galiza.pospetroleo.com/). Temos a certeza de a sua publicação e espalhamento se hão converter num fito do jeito em que pensamos Galiza e o seu futuro.

Carta Aberta ao PP, PSOE, AGE e BNG sobre o futuro da Paróquia

Agradeço a possibilidade de utilizar este espaço para divulgar a “Carta Aberta ao PP, PSOE, AGE e BNG sobre o futuro da Paróquia” redigida polo Partido da Terra e dirigida às organizações de políticos profissionais representadas no Parlamento da Galiza e na que se faz um chamado à ação para a defesa do reconhecimento da personalidade jurídica da paróquia galega.

Morte civil

Desta vez a cousa vai de leis. E isso faz com que deva pedir desculpas por duplicado: pola chatice de insistir mais uma vez sobre as consequências da inação na defesa da paróquia neste momento crucial e por fazê-lo em chave jurídica. Agradece-se a compreensão e paciência de quem continue com a leitura.

Queimar o facho

Comer uvas ao som de badaladas (televisivas) na noite de ano-novo é uma novíssima e espanholíssima tradição que, por desgraça, tem prendido também em terras galegas.

Apologia e vitimização

Há tempo que um setor do nacionalismo galego ficou engaiolado numa espiral de apologia e vitimização: apologia de toda ação, até a mais insignificante, suscetível de ser catalogada como violenta; vitimização ante qualquer reação, até a mais leve falta administrativa, por parte da administração do Estado. O apelo constante à violência como fórmula de reivindicação política é um jeito de entregar justificação em prateleira de prata a um Estado e a uma imprensa ansiosa de criminalizar ideias e debilitar a liberdade de consciência, pensamento e expressão.

Rainha despois de morta?

Dona Inês de Castro, nobre galega, nasceu há mais de 600 anos nas terras da Límia. Foi amante do Infante Dom Pedro, coroado Rei de Portugal como Pedro I. Ciosos da influência da família galega dos Castro na corte de Portugal, três fidalgos portugueses - Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco - pressionaram ao pai do Infante, o Rei Dom Afonso IV, para que afastasse aos Castro tirando Dona Inês da Corte. Como consequência, é exilada em 1344 ao castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana. Não sendo o exílio suficiente para apagar o amor de Inês e Pedro, que voltam a encontrar-se após a morte de Dona Constança, os conspiradores planejam o seu assassinato, morrendo acuitelada em janeiro de 1355.