Por Jon Amil | A Coruña | 09/04/2016
Hawkings é o Einstein da nossa época. Ciudadanos é o Podemos da direita. Abraham Mateo é o Justin Bieber espanhol. As crêpes som as filhoas francesas. As quintas-feiras som os novos sábados.
Se calhar é que tudo é umha cópia. Nada é original. Isso explicaria o porquê de tanto sucedâneo, por exemplo, no mundo do veganismo. Temos lasanhas veganas, hambúrgueres veganas e, surpreendentemente, mesmo chouriço vegano. Isto último chama-me muito à atençom. Quero dizer, existem inúmeras possibilidades de comidas veganas, por que é preciso dar aos vegetais forma de produto proveniente dum animal morto?
Mas nom som as pessoas veganas as únicas que copiam. A religiom católica leva 2.000 anos a fazê-lo, cristianizando ritos pagãos. Se a gente fai lume para celebrar o solstício de verão, chantam-lhe a celebraçom do Sam Joám. Se a gente celebra o solstício de inverno, inventam que foi nessa data o nascimento do Jesus Cristo. E assim por diante.
Porém, parafraseando os polícias dos filmes estado-unidenses, todo que um fai pode ser utilizado na sua contra. E, deste jeito, na atualidade estamos a ver como se copiam ritos cristãos, vaziando-os do seu contido religioso. Assim temos cousas como o matrimónio civil, os funerais civis e mesmo os batizos civis. “Batizos civis!” ouvim exclamar umha vez a umha senhora “Já nom sabem o que inventar!”. De inventar nada, senhora, nom vê que é umha cópia?
Mas a pergunta realmente importante, aquela para a que nom tenho resposta é: Realmente copiar é algo mau? Afinal de contas, este mesmo artigo começa com umha frase copiada.