Por Galicia Confidencial | Santiago de Compostela | 08/03/2017 | Actualizada ás 11:01
A Comissom Lingüística da Associaçom de Estudos Galegos (CL-AEG) vén de denunciar o que considera a "incompetência técnica que patenteia o opúsculo 'Os Apelidos en Galego: Orientacións para a súa Normalización', obra da Real Academia Galega (RAG). Aínda que a CL-AEG non cuestiona a súa "oportunidade" para recuperar a forma xenuína e correta dos apelidos galegos deturpados, considera que no libro elaborado a xeito de guía é manifesta unha "incompetência técnica" que "determina, na prática, que tal iniciativa, longe de contribuir para umha eficaz regeneraçom onomástica, esteja condenada de antemao ao fracasso efetivo, à inoperáncia social, e, no melhor dos casos, fomente a introduçom ou a preservaçom nos nossos apelidos de alguns traços de duvidosa galeguidade", argúen.
Segundo a CL-AEG, a RAG "nom sabe distinguir entre onomástica galega e foránea, pois, na sua relaçom, inclui apelidos que, claramente, nom som galegos, como Díez, Ferrer (catalám, equivalente ao galego Ferreiro), Muñoz ou Sáez, além de incorrer em verdadeiros dislates, ao validar formas patentemente espúrias, como Abal (por Da Val), ou Vázquez (derivado do prenome Vasco, e nom Vazco), ou Velo (por Belo)", expón a asociación.
Por outro lado, a CL-AEG apunta á presenza da letra 'j' e das secuencias 'ge,i' nos apelidos galegos. Así, expón como exemplo que "na página 18 do opúsculo da RAG afirma-se que «A utilización destas grafías
En segundo lugar, argumenta que "a ocorrência nos atuais apelidos galegos da letra 'j' e das seqüências 'ge,i' etimológicas nom implica a sua realizaçom fónica com o fonema do jota castelhano; para se evitar essa aberrante pronúncia, chega com informar e, nos casos pertinentes, instruir os galegos no sentido de deverem pronunciar essa letra e essas seqüências (etimológicas), nos apelidos galegos, com o fonema pós-alveolar galego, quer dizer, com o mesmo fonema que o xis tem naqueloutros apelidos galegos que, por causa da etimologia e da história da língua, estes si, devem grafar-se com x, como Freixo ou Seixo", explica a CL-AEG.
Para a asociación poderiase dicir que "com as suas disposiçons, a RAG parece ficar à espera de Alberto N. Feijó e Mariano Rajói mudarem no julgado a grafia dos seus apelidos (a qual, de facto, já está correta com jota), antes de ela nos dizer que já os podemos pronunciar corretamente, à galega (longa espera desesperançosa!), de modo que, assim, também, a RAG parece estar a justificar, ou a tolerar, a aberrante pronúncia castelhana que, por exemplo, os locutores da TVG e da Rádio Galega continuam a perpetrar dos numerosos apelidos galegos que apresentam —em muitos casos, de modo genuíno, por motivos etimológicos— a letra 'j' ou as seqüências 'ge,i'."
A CL-AEG pregúntase ademais "como é possível que a RAG nom demande a regularizaçom da grafia (e da pronúncia) em –es (ou –is) dos apelidos galegos patronímicos terminados hoje em –ez(Gómez > Gomes, Núñez > Nunes, Pérez > Peres, Rodríguez > Rodrigues), quando essa grafia castelhanizante colide com a circunstáncia de na Idade Média terem sido muito freqüentes as formas com –es e, sobretodo, com o facto de nom haver hoje em (bom) galego sílabas átonas terminadas em –z". Cuestión é que a propia asociación dá resposta: "A única razom para tal é que apelidos como estes últimos nom fôrom identificados como castelhanos (Benítez, Yáñez e Peláez ficavam longe), polo que a sua grafia original e coerente, com –s, nom foi castelhanizada!".
Tampouco consideran "admissível" a "soldadura gráfica", nos apelidos compostos, do nexo preposicional con artigo ao correspondente substantivo (ex.: Dacruz, Dacuña, Doval(e)). "Em beneficio da clareza, da identificaçom dos correspondentes componentes vocabulares, da harmonizaçom com as variedades lusitana e brasileira do galego-português e, em geral, da harmonizaçom internacional com outros ámbitos idiomáticos (cf. Del Riego, De la Cruz; De Vries, Van Lawick;Von Armin, Von der Leyen...), deve prescrever-se a escrita independente desses dous componentes dos apelidos galegos: Da Cruz, Da Cunha, Da Silva, Do Campo, Do Souto, Do Val(e), etc. (escritos da Cruz, etc., quando precedidos de prenome ou primeiro apelido, aspeto em que erra o opúsculo da RAG)", expoñen.
"INCOMPETENCIA TÉCNICA"
A CL-AEG fala, polo tanto, dunha "marcada incompetência técnica dos membros da RAG" e de "dislates", e láiase de que non se recoñeza "a existência e o caráter profundamente galego e galeguista do movimento reintegracionista", o cal "propom, com bases etimológicas e históricas perfeitamente razoáveis, a conservaçom, nos apelidos galegos em que forem oportunas, e com a pronúncia galega, da letra 'j' e das seqüências 'ge,i'.
A asociación tamén critica duramente a "atitude obscenamente hipócrita" da RAG por "exortar os galegos a restaurarem a galeguidade dos seus apelidos, quando a maior parte dos seus membros utiliza os apelidos próprios deturpados, castelhanizados, a começar polo seu presidente, o senhor Xesús Alonso Montero [sic], quem, no cúmulo da incoerência, assina dessa forma o prólogo ao opúsculo dos apelidos, enquanto, na sua parte dispositiva, esse texto, com razom, pede para corrigirmos os *Alonsoem Afonso, e os *Montero em Monteiro!".
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