Por Galicia Confidencial | Lisboa | 20/10/2020 | Actualizada ás 00:17
"A cooperação linguística entre Espanha e Portugal continua a esquecer a questão da língua galega e a necessidade de a galvanizar, por uma questão estratégica e de sobrevivência". Así se espresa Diego García, dirixente do Bloco de Esquerda en Viseu que se amosa moi crítico pos gobernos portugués e español por non permitir a Galicia a entrada na Comunidade de Países de Lingua Portuguesa (CPLP).
De feito, critica que os cumes que realizan periodicamente os dous países non teñen en conta cuestións fundamentais como a historia cultural e lingüística de Galicia, cunha forte vinculación con Portugal. "São nestes eventos de cooperação e diálogo que deveriam ser colocadas em cima da mesa as questões verdadeiramente importantes, questões com peso histórico e com potencial cultural, social e económico com o objetivo solidário e agregador como o seria a aproximação do galego à Lusofonia. A questão da língua na Galiza deveria ter um papel primordial também nestas cimeiras, mas continua a ser esquecida e desprezada pelos Estados espanhol e português", critica nun artigo no dixital Esquerda.net
Diego García denuncia que a CPLP está "desvirtuada" porque non existe o aproveitamento que a lingua pode ter para os países lusófonos. Neste sentido, lembra o exemplo de Guiné Ecuatorial, antiga colonia española, que oficializou o español en 2010 co obxectivo explícito de entrar na CPLP como membro permanente e tivo a obriga de comezar a ensinar o portugués nas escolas, "mais nada foi feito".
"A entrada foi por questões económicas, de abertura comercial aos países lusófonos e para ter um certo reconhecimento internacional. Agora é a Espanha que aguarda a sua entrada como observador associado, possivelmente às custas da língua galega, mas o Estado espanhol continua a não lhe dar a verdadeira importância e a impedi-la de voltar ao seu lugar, à Lusofonia", sinala.
Por iso, reclama tamén á sociedade portuguesa que esixa o dereito da Galiza de pertencer á CPLP, contrapondo co da Guiné Ecuatorial ou co de España, "que nada têm a ver com a Lusofonia nem têm pontos de aproximação culturais ou linguísticos".
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