Por admin | Compostela | 15/02/2025
Por Suso Sanmartinho
6. De como o Miguel Mosqueira (Ataque Escampe) interpretou a canção “Porto de Bois” no Centro Social do Mar (Porto de Bueu) e, por intercessão Miranda, apareceu o Arco-da-Velha
Da Batalha de Porto de Bois falo sucintamente na página 235 do meu livro SEW[1]. E “Porto de Bois” é também o título duma canção[2] que o meu grande amigo Miguel Mosqueira –o 'freestyler' da banda Ataque Escampe, o Bad Bunny galego!– compôs para a comemoração, em 16 de março do ano passado (2024), da “entre as brumas da memória” esquecida batalha, adaptando ao efeito um texto do professor Marcos Abalde.
O Miguel Mosqueira –grande amigo e melhor pessoa– teve a gentileza de acompanhar-me no primeiro dos três únicos lançamentos que, afinal, por motivos de saúde buco-mental, acabei por poder fazer do meu livro. DeVÍ FaZER MaiS ACToS, já o sei, mas é difícil e complicado que a um lhe saiam pola boca palavras evocadoras dum Paraíso como pode ser o Hawai'i quando, mentalmente, se sente como estando em Bombay. Ou seja, no p*** Inferno.
Organizado pola lendária Livraria Miranda –propriedade do não menos mítico Fernando Miranda–, aquele primeiro acto de apresentação teve lugar na terça-feira 30 de abril de 2024 –logo fará um ano já!– na Sala Multiusos do Centro Social do Mar. “Em Bueu, onde ia ser?” (como gosta de dizer o amigo Fernando Miranda, que é duplamente gerúndio[3]).
A pedido meu e com o único acompanhamento do meu 'ukulele' –do 'ukulele' que eu comprei em Waikīkī, quero dizer; porque tocar, teve de tocá-lo ele; que eu nem sei tocá-lo nem, a este ritmo, creio que aprenda nunca a fazê-lo!– o amigo Miguel Mosqueira interpretou “Porto de Bois” fazendo tanto as minhas delícias quanto as do público assistente.
No dia a seguir (1º de Maio, feriado internacional) subi ao 'Facebook' um completíssimo álbum de fotos (e vídeos) acompanhado das seguintes e sentidas palavras de agradecimento:
<chegastes ontem ao Centro Social do Mar de Bueu e fizestes com que a primeira apresentação pública de SEMPRE EM WAIKIKI –em Bueu, onde ia ser?– fosse tamanho êxito de crítica, público... e mesmo de vendas!!
Um agradecimento especial para os amigos Miguel Mosqueira (por tocar-me as cordas do ukulele e do coração) e Fernando Miranda Estévez (por não poupar nas despesas e cumprir- me o capricho de que durante a apresentação saísse o Arco-da-Velha)[4].
Para mim, que ando ultimamente um pouco de 'kapa'[5] caída e parafraseando o poeta, a força do vosso ALOHA não poderia ter sido mais útil!
Mais uma vez, MAHALO NUI a todos e todas!!!>>
7. Altri Não / We Are Mauna Kea !!
UMA RUA NUM PORTO LONQUÍNQUO do norte. Aliás, UMA RUA[6] UM POUCO LONGÍNQUA[7] DO PORTO mais próximo[8] (no Atlântico Norte). O pub homónimo[9] está acugulado de 'farandule[i]ros'[10] e bota pola sua porta o bafo quente dos 'farlope[i]ros'. Gentes de todas as castes do mundo da farândola[11][12], mas ninguém canta cantigas a gorja rachada, a música[13] sai duma vitrola[14] choca, muito fedor a ego...
Um ator que fala espanhol tropeça cum ator que fala inglês. Os dous fazem-se promessas de grande amizade, cada um no seu falar. E, sem entenderem-se, caminham juntos, de braço dado, servindo-se mutuamente de pontais.
O ator que fala espanhol e mais o ator que fala inglês entram no pub, servido esta noite por um carnocho –COUSAS veredes!– e não pola Pili, como é habitual. Querem perder o sentido juntos, para serem mais amigos. Quem sabe se depois de bem bêbados poderão entenderem-se!
E quando o ator que fala espanhol já não rege com o seu corpo, começa a contar:
"Hola, soy Luís Zahera y mi tierra, Galicia, está en peligro...”
O ator que falava espanhol era galego!
"La multinacional Altri está tratando de poner en marcha una enorme fábrica de celulosa río arriba, en Palas de Rei. Un proyecto brutal que quieren levantar en el corazón de Galicia, en el entorno de una zona especial de conservación de la Red Natura 2000 junto al Camino de Santiago. Y con este proyecto, pondría en peligro la supervivencia y el equilibrio natural de nuestra tierra...”
O ator que fala inglês arregala os olhos, abraça-se ao companheiro, e começa também a contar:
“Hey, hi, I'm Jason Momoa. I like beer and throwing tomahawks”[15] […] “It started in 2015, heard the news about it[16] and you know, it’s, it’s my home. I’m Hawaiian. It’s my nationality. What’s happening over there was just not right...”
O ator que falava inglês era havaiano!
“I think there’s a lot of problems in Hawaii. There’s a lot of things that have happened in our history, a lot of injustice, and so we’re shining a light on it. People like myself or Dwayne Johnson, Bruno Mars, trying to spread the awareness all around the world. For my soul I need to be there. If I’m not working, I’m trying to get over there [...] Most of them are outdated and they’re not as big[17]. They’re just up there and they promised to remove them and they never have. It’s just another one of those promises… and we’re done. We’re over it […] It’s kind of the umbilical cord to earth [...] You know, if you think about the Hawaiian islands, that’s the biggest mountain in the world, right? All the way up. So Mauna Kea[18] is the most sacred. They call it the belly button, too. That’s like our birth place. You can imagine that in the middle of the ocean. That’s how our islands were formed. So how can that not be sacred?”
BoooOOOoooo!!![19] BoooOOOooo!!![20] Os dous atores, o galego que falava espanhol e o havaiano que falava inglês, eram 'rainbow-warriors', aliás 'eco-warriors'[21]. Porém, em vez de falarem nas suas respetivas línguas nativas –galego e ʻŌlelo Hawaiʻi– falavam nas dos seus respetivos colonizadores –castelhano/espanhol e inglês/americano. Porque as suas respetivas nações, a pátria dos seus ancestrais –'kūpuna' no caso do ator que interpreta Khal Drogo ('Game of Thrones' / 'A Guerra dos Tronos') e Aquaman na fição e 'devanceiros' no do que deu vida a Petróleo ('Mareas Vivas') e Xan Anta ('As Bestas')– sofreram uma brutal “doma e castração”. Pola parte do Império Pequeno, o Reino da Galiza. E, pola parte do Império Grande, o Reino do Hawai'i.
O camareiro, vestido como um flamenco de caste –com camisa de 'lunares', talmente como se acabasse de chegar da Sala Dona Dana de Touro, de gravar o programa 'Luar'–, viu sair os dous atores do pub e pola sua faciana maquilhada escorregaram as bágoas. E depois disse para o 'faranduleo' todo num bramido poderoso:
MEDRE O RIO ULHA! MEDRE A RIA D'AROUSA! MEDRE MAUNA KEA[22]!!!
Também o camareiro –galego como o Luís– era 'eco-warrior'.
8. Aloha ʻĀina / Amar a Nossa Terra
Durante os dez meses transcorridos desde que o meu SEW foi dado a lume –em 10 de março de 2024, coincidindo com o 80º aniversário da publicação em Bs. As. do SEG (10 de março de 1944)[23]– até ao início deste ano –em que, com a inestimável ajuda da Ana Pontón, o Bad Bunny trouxe à tona a moda havaiana– foram bastante escassas as entrevistas que, para falar do meu livro, me pediu a comunicação social galega[24].
Numa dessas escassíssimas entrevistas concedidas antes do dia 5 do mês corrente, em que o porto-riquenho Bad Bunny lançou o álbum “DeBÍ TiRAR MáS FOToS” (DtmF) –onde se inclui a faixa “Lo Que Le Pasó a Hawaii”– e mudou tudo, o jornalista rianjeiro Jesu Pinheiro (X.M.P.) fazia-me a seguinte pergunta[25]: “Que devemos aprender os galegos dos nativos havaianos?”
A minha resposta, da que o jornalista do “Nós Diario” acabaria por retirar a manchete da entrevista –uma entrevista[26] que finalmente sairia publicada, 'on-line only', no dia 7 de agosto de 2024–, foi a seguinte:
<<Os nativos galegos, igual aos havaianos, somos bastante amantes da nossa Terra. Mas os galegos –somos também bastante afeiçoados a mover os marcos e com demasiada frequência ultrapassamos a linde entre o amor e o ódio (eucaliptização, deserção linguística, canibalismo urbanístico...). Os 'kanaka maoli' têm na sua cultura um conceito precioso: Aloha ʻĀina (“Amar a Terra” ou “Amor pola Terra e as suas gentes”, cousa que se pode traduzir e traduz por “patriotismo”). Como no antigo Reino do Hawai'i, sejamos mais patriotas! Isso sim, sem ódio nenhum e com muito Aloha! >>
9. “That's All Folks!”
E isto é tudo, amigas e amigos! Sei que ficaram com vontade de mais. Não se preocupem, outro dia falaremos do “sapo concho”[27]! ;)
NOTAS DE RODAPÉ:
[1] “Ka Puke Kolu (Livro III)”; capítulo 3. “O Reino da Galiza”; apartado 3.4. “Três oportunidades perdidas: dous tugas e um inglês que reclamaram pose do Reino da Galiza (S. XIV e XV)”; sub-apartado 3.4.1. “Fernando I de Portugal (Rei da Galiza, 1369-1371)”.
[2] Que podem escutar aqui, no canal de YouTube da ferrolana Fundaçom Artábria:
https://youtu.be/tmXvTl1TX1I?feature=shared
[3] Esta piada não é minha, infelizmente. “Roubei-lha” ao meu velho amigo Francisco Padín, talentoso humorista gráfico e caricaturista (entre muitas outras cousas). O “Franjo” e mais eu conhecemo-nos sendo ainda uns meninhos, em 1º de B.U.P., no “I.N.B. Almirante Salvador Moreno” de Marim (onde também era aluno o Bieito Lobeira, três anos mais velho do que nós).
[4] “Aloha from Bueu! Aqui, hoje, um pouco chove e outro pouco sai o sol. E a predição é que a cousa continue o dia todo mais ou menos assim. Poderia dar-se a circunstância de que às sete e meia (CEST), hora prevista para a apresentação do meu livro SEMPRE EM WAIKIKI no CSM, chovesse com sol e –independente de quem pudesse andar por Ferrol– o (B)Arco da Velha aparecesse por aqui. Se isso fosse assim, nenhum lugar melhor do que a sua Sala Multiusos –que goza dumas espetaculares vistas sobre o Porto (de baixura) de Bueu– para desfrutar do espetáculo. Seria como sermos transportados por um instante ao Hawai'i, antigo reino na atualidade conhecido por, entre outros nicknames, como The Rainbow State. Apareçam!!!” (Posted by Suso Samartinho on Facebook, 30/04/2024).
[5] "Kapa is a fabric made by native Hawaiians from the bast fibres of certain species of trees and shrubs in the orders Rosales and Malvales. The bark is beaten and felted to achieve a soft texture and dye stamped in geometric patterns." [en.wikipedia.org/wiki/Kapa].
[6] Rua Fonte de São Miguel, esquina com a Rua Abril Ares (Compostela).
[7] 45 km ou 45 minutos de carro.
[8] Portosim (ou se não o Porto desportivo do Freixo), na Ria de Muros-Noia.
[9] “La mezcla perfecta. El Atlántico es la fusión de nuestras tres pasiones: la música, la coctelería y el ambiente cultural. Somos lugar de reunión de numerosos artistas y creadores como Luis Tosar, Luis Zahera o Fran Narf, quienes encontraron es este local su segunda casa, convirtiéndonos en un referente del ambiente bohemio y cultural compostelano.” [https://pubatlantico.com/].
[10] “farandulero, ra adj. Perteneciente o relativo a la farándula. adj. coloq. charlatán (‖ embaucador). Sin.: charlatán, embaucador, trapacero. m. y f. coloq. Actor teatral, especialmente de comedias. Sin.: cómico, comediante, payaso. m. y f. Persona perteneciente al mundo de la farándula (‖ ambiente nocturno).” [https://dle.rae.es/farandulero?m=form].
[11] “farândola s. f. (1) Dança provençal. (2) Trabalho, profissão ou mundo dos cómicos.(3) Barulho, confusão. (4) Vaidade, ostentação. [prov. Farandoulo].” [https://estraviz.org/farândola].
[12] "farândola (fa·rân·do·la) nome feminino 1. [Dança] Dança provençal executada de mãos dadas. 2. [Música] Música dessa dança. 3. Companhia de cómicos ambulantes. 4. Grupo de maltrapilhos. = FARANDOLAGEM" ["farândola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/farândola].
[13] "Primer local especializado en música rock de la noche compostelana. La música ha sido siempre una de nuestras señas de identidad, en nuestros primeros años pinchábamos con nuestra colección de vinilos que incluía rarezas y música importada. Nuestro repertorio abarca un amplio abanico que va desde el rock, la psicodelia o el grunge; al garaje, el rhythm & blues o el indie rock." [https://pubatlantico.com/].
[14] "vitrola |ó| (vi·tro·la) nome feminino 1. [Brasil] Aparelho que reproduz sons gravados em discos colocados num prato rotativo, geralmente accionado mecanicamente. = GRAFONOLA, GRAMOFONE 2. [Brasil] Aparelho munido de um prato, accionado electricamente ou por pilhas, que pode girar a diferentes rotações, e sobre o qual se coloca o disco que se quer ouvir. = GIRA-DISCOS 3. [Brasil, Informal] Pessoa muito faladora. = TAGARELA Origem etimológica: inglês victrola, de Victrola, marca registada. ["vitrola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/vitrola].
[15] NICKALLS, Sammy: "Jason Momoa Likes Drinking Beer and Throwing Tomahawks", "Esquire", 15/11/2016, https://www.esquire.com/entertainment/tv/news/a50724/jason-momoa-beer-tomahawks/
[16] “The construction of the Thirty Meter Telescope, or TMT, which would drill directly into the mountain and, according to critics of the project, invade its precious water supply.” [Marianne Garvey:"Inside Jason Momoa’s fight for a sacred Hawaiian mountain", CNN, 15/08/2019, edition.cnn.com/2019/08/15/entertainment/jason-momoa/index.html].
[17]“ , there are 13 other telescopes that exist on the mountain, but Momoa says they’re not as large and they’re mostly non-functioning.” [Ibidem].
[18] “Momoa, a native of Hawaii, has had a near-constant presence there when he’s not working, fighting with local protestors to stop the construction of the Thirty Meter Telescope, or TMT, which would drill directly into the mountain and, according to critics of the project, invade its precious water supply. (Between the foot of Mauna Kea and the summit measures 10,000 meters, making it the “tallest” mountain in the world.)” [Ibidem].
[19] "corna s. f. [...] (3) Buzina, instrumento feito de corno ou de uma concha marinha grande, com um buraco na ponta que se ouve desde longe e serve para chamar ou orientar." [https://estraviz.org/corna].
[20] "Pū Hawaiian Conch Shell. Pū, pronounced 'poo' is the Hawaiian Name for Conch Shell. A gift from the Ocean, the Pū comes out of the life giving waters with a sound that flows across the 'Aina (land). The blowing of the Pu, a deep part of the Hawaiian culture, has multiple uses and communicates various meanings in both Religious and secular traditions. Blowing the Pū is sometimes used before a ceremony to mark the official beginning." [https://hawaiianceremonies.com/pu_conch_blowing.php].
[21] A T-Shirt do Zahera –com o seu brancor cingido– e a noite confundiram-me, sinto! Eco-warrior de Green-peace! Oxímoron! Verde Guerreiro que faz a Guerra Verde para conseguir a Verde Paz! Guerra e Paz!
[22] "Mauna Kea, na Ilha do Havai, arquipélago do Havai, é um vulcão em escudo extinto. É o ponto mais elevado do arquipélago e um dos mais proeminentes do mundo e também uma das montanhas de maior isolamento topográfico. No entanto, o Mauna Kea é a montanha mais alta do mundo se levarmos em consideração a medição desde a base até ao pico - tem 10 105 metros a partir do fundo do oceano Pacífico (5898 metros abaixo da superfície, e 4207 metros acima). Mauna Kea significa "Montanha Branca" no idioma havaiano, uma referência ao seu cume sendo regularmente coberto pela neve no inverno. Encontra-se extinto. A última erupção teria ocorrido há cerca de 4500 anos. No seu topo encontra-se um observatório astronómico, o Observatório W. M. Keck." [https://pt.wikipedia.org/wiki/Mauna_Kea].
[23] Não foi premeditado, nem muitíssimo menos! —se por mim fosse o meu livro teria vindo à luz muitíssimo antes!— mas após um longo e tortuoso processo de edição, após uma angueira prolongada por quatro longos anos, quis a providência que SEW fosse dado a lume coincidindo exatamente com o 80º aniversário da publicação do SEG. Não sei eu se chegou a compensar todo o sofrimento que tinha acumulado mas foi um feliz acaso, sem dúvida! Uma coincidência que me fez do mais feliz! Feliz demais! E é que nada acontece por acaso!
[24] Porém, agora o meu 'Xiaomi Redmi Note' parece o Kīlauea ('Hawaiʻi Volcanoes National Park', Big Island of Hawai'i), vulcão em escudo que tivemos a sorte de poder visitar em 24 de março de 2019 –a deusa Pele tinha naquele dia um dia tranquilo– e do que, já agora, falo um pouquinho no capítulo IV, intitulado “IV Romaria Celtista” (pág. 30), do 'Lanai' (o 'Lanai' vem sendo para o meu SEW o que o 'Adro' é para o SEG de Castelao). Pois é, minhas amigas e meus amigos. Desde que “aqui passou o que passou” –Mahalo Nui Loa / Muitíssimo Obrigado, Bad Bunny!– o meu telefone passa o dia a tocar. Todo o dia sem parar. Tremendo, fumegando e sem parar de vibrar. Parece que vai entrar em 'Eriksson', aliás, erupção em qualquer momento!
[25] A penúltima. A última pergunta da entrevista foi: “Por que debería a xente animarse a ler 'Sempre en Waikiki'?”
[26] <> [“NósDiario.gal”, 07/08/2024, nosdiario.gal/articulo/cultura/suso/20240817111518204287.html].
[27] “En 2025, en la presentación de su DeBÍ TiRAR M áS FOToS, el cantante puertorriqueño y estrella del reguetón Bad Bunny (Benito Antonio Martínez Ocasio) hizo un vídeo coprotagonizado por Concho, un sapo concho digital, que alababa las raíces culturales de la isla. En menos de dos semanas, el vídeo ya tenía más de 14 millones de visualizaciones, poniendo al sapo concho y su delicada situación de conservación en boca de muchos.” [nationalgeographic.es/animales/sapo-concho-purto-rico].
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