Por admin | Lugo | 09/07/2024
Adela Figueroa Panisse. De ADEGA. Da APLG.
Conheço a história deste livro e ao autor. Peguei nele imediatamente. Ramón Barral obteve o prémio Alexandre Bóveda da Associação Cultural Amigos da Cultura de Pontevedra em 1973. Li com ledícia porque o texto é fácil e além disso interessante. A originalidade desta obra está em que as contas que Ramon Barral faz sobre o capital que se aforra em Galiza é muito superior ao que as bancas estatais ou ou mais concretamente o que os organismos de credito oficial investiram na Galiza. O dinheiro enviado polos numerosos emigrantes durante as décadas de 60 e 70 do século passado fluiu coma um rio para o Estado Espanhol. Porque nas estruturas económicas do Estado não existe uma norma de conduta de tentar investir naqueles territórios que mostram um perfil de menor “renda per cápita”. Mas bem ao contrario, Os capitais fluem para as zonas reconhecidas como mais ricas a custo de sangrar economicamente as mais “pobres”. Um termo interessante que maneja R. Barral é o da Lexitimidade económica devido a G.de Nardi, que eu, que não sou economista achei de interesse: “A Transformacion dos recursos ten de ser feita na zona onde se teñem xerado” ( cito textual da obra). Este é um principio básico em ecologia. Agora que estamos lutando pola defesa do nosso território ameaçado por Campos Eólicos, Industrias contaminantes e que nossos rios foram esganados para levar o produto da sua força fora da Galiza, em forma de eletricidade, reconheço que o processo é o mesmo. Fluxo de capitais cara fora como fluxo de eletricidade. As montanhas cheias de Campos eólicos. Cá fica a desfeita ambiental, a desestruturação social e a perda de capacidade de gerar riqueza para a povoação galega. Para fora vai todo. Inclusivamente as sés das grandes empresas que fazem cá o trabalho sujo e tributam em Madrid, rendendo lá os ganhos gerados nas transferências de dinheiro. Lá é que ficam os trens eletrificados subsidiados polo estado,( nós somos quem pagamos) cá uma estrutura ferroviária deplorável. Lá as autoestradas gratuitas ( M30 e outras) cá a mais cara do estado AP9 a chamada navalhada do capital, que une a zona mais rica e mais povoada de Galiza, mas com alto custo para usuários. Incrementando os custos de comercialização.
Segundo nos di J.A.Pena Beiroa ( Nós,1/9/22) já Alexandre Bóveda elaborara um projeto de arrecadação próprio para Galiza no ano 1930. Ele defendia a fazenda galega com arrecadação própria e um sistema de cupo assim quanto uma banca galega que pudesse canalizar o dinheiro gerado polas galegas para ser investido na Galiza Na altura, segundo seus cálculos o estado era devedor ao nosso país em 9 milhões de pesetas (1930), devido ao sistema de arrecadação. Ramón Barral no ano 1973 denuncia a colonização financeira da Galiza. Hoje podemos falar do injusto financiamento. Segundo o professor Díaz ( As contas que nos contam) no exercício de 2019 Galiza perde 4.562 e no 2020 3.994 milhões de euros no balance anual com o Estado. Temos pois uma estrutura de colónia, um tratamento de colónia e um empobrecimento progressivo e constante como consequência das nossos relacionamento com o estado Espanhol. Somos objeto de falta de respeito. Nosso território vai ficando abandonado e ocupado por eucaliptos que rendem seus benefícios nas cidades. Quando não ardem!.Os nossos rios esganados, sem vida, produzem eletricidade para alem parte. As rias, essa maravilha da natureza, contaminadas, mal geridas produzem cada vez menos. Estamos num ponto de inflexão: ambiental, social e económico. O Governo galego , em conivência com um modelo capitalista depredador, quer colocar uma industria como ALTRI no coração da Galiza pondo em risco a saúde ( já precária) do rio Ulha e consequentemente da ria de Vilagarcia e da gente. Destruindo as numerosas pequenas industrias ecológicas e sustentáveis que geram riqueza no local e dão postos de trabalho dignos. Agora uma firma Madrilenha de Biogas vem a Coeses nas beiras de Lugo colocar uma industria que vai processar 53.000 metros cúbicos de resíduos de matadouros e outros restos orgânicos para deitar ao ambiente 11.876 toneladas de resíduos sólidos, que serão levados a unha planta de compostagem, e 64.383 toneladas de resíduos líquidos, que serão deitados no rio. Os maus cheiros são garantidos. Os galegos /as somos demasiado mansas/os. Não temos porque aceitar tudo o que nos botem por cima. A nossa Terra é o mais importante que temos, e os rios, as montanhas , o mar. Mas colocamos a gestão de nossos interesses em mãos que não cuidam do país. Para o nosso desenvolvimento e bem-estar necessitamos recursos:
Econômicos , TÉMO-LOS, Energéticos, TÉMOLOS, um ambiente saudável e productivo, ainda nos QUEDA ALGO disso. Revoltemo-nos. A mansedume já está experimentada e não deu resultado. Autogestão, pequenas industrias e aproveitar nossos recursos cá na Terra pode ser o garante do nosso futuro.
Se tes problemas ou suxestións escribe a webmaster@galiciaconfidencial.com indicando: sistema operativo, navegador (e versións).
Agradecemos a túa colaboración.